Com o fim das férias escolares, o momento de volta às aulas chegou. É a hora dos estudantes voltarem o foco para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado daqui a três meses. Para retomar a rotina de estudos, os professores alertam: deve ser gradual, mas comprometido com o entendimento da prova. A etapa final exige concentração e equilíbrio para a realização segura da prova.
Para retomar a rotina de estudos, conforme a professora Maíra Neves, o aluno precisa passar por uma etapa de diagnóstico, onde será identificada as áreas em que precisa de auxílio e reforço.
Após esse momento é necessário fazer um cronograma com metas para que o conteúdo exigido no exame seja cumprido dentro do prazo. A partir daqui o aluno precisa não somente ir às aulas, mas aplicar o conteúdo em exercícios que cumprem os itens previstos na prova do Enem, que são facilmente encontrados na internet.
Segundo a professora de Redação e Literatura, Maíra Neves, o exercício dos conteúdos exigidos no Enem é importante para ampliar o conhecimento sobre o exame. “O Enem é uma prova de resistência. Tem de ser realizada em determinado tempo, com muitas questões longas, então o aluno tem de treinar esse modelo. Por isso, pode tirar cinco horas num domingo ou no sábado à tarde e fazer a prova completa.
O desafio principal é recuperar o hábito de estudo, se concentrar para as atividades, controlar o uso das redes sociais e ter equilíbrio adequado entre estudos e saúde mental porque é um momento de muita tensão e nervosismo.”
Para a professora, o estudo da redação está diretamente ligado ao exercício e domínio das competências exigidas pela prova. Para isso, é importante que o aluno escreva uma ou duas redações por semana para estar preparado para uma nota acima de 900 pontos. “É importante compreender que o Enem tem uma grade de correção própria e o texto vai ser analisado dentro desse viés. É um redação dissertativa-argumentativa, o texto deve explorar o conteúdo sociocultural, como o conhecimento da história, sociologia e até mesmo de séries e filmes. O texto do Enem pede sempre uma solução, então o aluno precisa discutir o problema e propor uma solução, que normalmente é feito no parágrafo conclusivo”, explica.
PROGRAMAÇÃO
O cronograma semanal de estudos e a identificação das prioridades e dificuldades são os principais métodos para enfrentar a fase final de preparação, segundo Bernard Rodrigues, professor de Matemática e Física. “Saber estudar é essencial. Não basta só assistir as aulas. Aprender exige um conjunto de estímulos contínuos como fazer exercício, revisões periódicas, saber fazer a leitura de forma ativa. Nosso aluno precisa estudar de forma progressiva, iniciando dos assuntos mais básicos para depois chegar aos mais complexos. Com o passar dos anos a prova tem se tornado cada vez mais conteudista”, afirma.
Para realizar a prova de exatas – Matemática e Suas Tecnologias e Ciências Naturais e Suas Tecnologias – com segurança e coerência, o docente deve saber identificar o modelo dos itens que constituem a prova. “Identificar e acertar os itens mais fáceis para se ter uma coerência na hora da correção, já que a mesma é feita pelo TRI [Teoria de Resposta ao Item]. Saber fazer uma boa leitura e interpretação dos gráficos, infográficos e tabelas, acreditar no seu raciocínio lógico, nem sempre o item exige conhecimentos matemáticos profundos, e eliminar o que chamamos de “itens absurdos”, que são aquelas respostas sem muita coerência, como, por exemplo, as unidades de medidas desproporcionais a uma realidade. Isso aumenta muito a probabilidade de acerto da questão”, diz Bernard.
“O Enem é uma prova de resistência. Tem de ser realizada em determinado tempo, com muitas questões longas, então o aluno pode treinar esse modelo”. Maíra Neves, professora
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