Aumento contínuo dos juros é uma estratégia do Banco Central para combater a inflação | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Conforme aguardado pelo mercado, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) aumentou nesta quarta-feira (4) a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano. É a maior taxa desde fevereiro de 2017.
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O movimento aumenta, ainda mais, a atratividade de títulos de renda fixa, em especial daqueles pós fixados, que passam a oferecer um rendimento maior a cada alta da Selic.
Embora ativos de maior risco como as ações na Bolsa de Valores tendam a permanecer sob intensa volatilidade com os juros mais altos não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos, especialistas apontam a importância de manter alguma diversificação da carteira.
Inflação
O aumento contínuo dos juros é a estratégia do BC para combater uma inflação que custa a dar sinais de trégua. O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, teve alta de 1,73% em abril, o maior percentual para o mês desde 1995.
No comunicado divulgado junto à decisão, a autoridade monetária sinalizou a continuidade do ciclo de alta dos juros, mas em uma intensidade menor. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude”, diz o Copom.
Desde que o BC iniciou o processo de aperto nas condições monetárias, com a Selic saindo da mínima histórica de 2% em março de 2021 para os atuais 12,75%, a classe da renda fixa tem atraído um interesse cada vez maior por parte de investidores em busca de ganhos polpudos e risco baixo.
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Rendimentos
Os investimentos mais conservadores de renda fixa, como poupança e CDB, passaram a atrair a atenção dos investidores desde meados do ano passado. Com o novo aumento da taxa Selic, eles tendem a ganhar ainda mais atratividade.
Com o novo patamar da taxa básica de juros, um investimento de R$ 1.000 no título público pós fixado Tesouro Selic renderia ao aplicador um montante de aproximadamente R$ 106,32, considerado um intervalo de 12 meses.
Poupança
Já a poupança tem o pior retorno entre as opções analisadas, mesmo sem ter desconto do Imposto de Renda. O valor considera uma taxa de juros de 12,89% da aplicação e já desconta a incidência da alíquota de IR (Imposto de Renda) de 17,5% para os investimentos resgatados dentro do prazo de um ano.
CDB
Pelos cálculos da Anefac, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de bancos de médio porte representam a opção mais vantajosa dentre as principais alternativas, devolvendo ao investidor que aplicar R$ 1.000,00 no prazo de um ano o valor de R$ 115,71, descontado o IR na fonte.
Nesse caso, os juros considerados são de 14,03% ao ano. No caso dos grandes bancos, o valor recebido de volta após 12 meses seria de R$ 97,82, mediante a aplicação de juros de 11,86%.
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