
No muro do portão da Universidade Federal do Pará (UFPA) no bairro do Guamá, em Belém, um grupo de artistas transforma a dor em arte. Um mural coletivo de metros, intitulado “A solução somos nós”, pintado com argilas das ilhas de Cotijuba e Caratateua e carvão de florestas consumidas pelo fogo. A iniciativa, mais que uma obra visual, é um manifesto ambiental em antecipação à COP que será realizada em novembro na capital paraense. O trabalho, que começou na segunda-feira e será entregue nesta quinta-feira, é assinado por oito artistas – três deles indígenas – e também conta com a participação de artistas da comunidade local.
Ao longo do painel, são retratadas imagens de lideranças indígenas como Auricélia Arapiun, Júlia Anambé, liderança feminina do território Anambé. Além da professora Zélia Amador, símbolo da luta antirracista na UFPA, e o mestre Jorge da comunidade africana no município de Moju. Encantados da espiritualidade indígena e referências aos saberes ancestrais também ocupam o espaço. Parte do pigmento é feito com cinzas das queimadas que devastaram mil hectares da Terra Indígena Anambé, no Pará. Mundano, artista visual e fundador do movimento Megafone Ativismo, um dos grupos convidados para integrar o projeto, destaca a importância dos materiais utilizados, coletados na própria região.
Fonte: oliberal.com
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